Em busca da verdade

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comunismoÉ de nosso costume definir, conceituar de acordo com os nossos sentidos. Pelo que nós vemos, a uma primeira vista, estabelecemos, de pronto, um julgamento, fazemos um juízo de valor, positivo ou negativo. O problema é que não damos a menor atenção, em vista disso, ao que é real, ao verdadeiro, enfim, ao que é. Cremos no que está sendo como se fosse, no que estamos vendo como se correspondesse a real substancia que parece ser, mas, não sabemos mesmo se é.

De democracia, pode-se dizer classicamente que é o governo do povo e para o povo. Atualmente há muito mais o que se dizer e o que se entender de tal conceito, mas, sem querer aprofundar muito, nós temos o entendimento de que o nosso Estado brasileiro vive uma democracia. Se fôssemos chamar de democracia, no entanto, o que se vive e se depara no Brasil, tal conceito iria ser modificado radicalmente, porquanto o que se vê é pobreza, má distribuição de renda, violência, educação insuficiente, corrupção política escandalosa, um deficiente sistema de saúde, e por aí vai. No entanto, só por ter em conta que existem países desenvolvidos, inclusive, politicamente, no que tange à democracia, sabemos que não vivemo-la realmente, mas, sim, ao que pode ser chamado de semidemocracia.

Por outro lado, apesar dos apesares, e sabendo de todos os males conseqüentes desse ideal, constantes inclusive na Encíclica Divinis Redemptoris, do Papa Pio XI (a qual se recomenda a leitura), pode-se, por engano, tachar de comunismo o bolchevismo soviético, ou o que se vivia no Vietnam, em Cuba, ou até mesmo o socialismo de mercado chinês, somente porque foi o que se viu, embora realmente não tenha sido. Ora, o comunismo realmente nunca aconteceu e há de se duvidar que realmente possa acontecer, visto que desonra a dignidade do ser humano (se quer saber porque desonra a dignidade do ser humano, leia a encíclica acima recomendada), que, por tal razão, não suportaria jamais viver em desacordo com as leis inscritas em seu coração, que lhe conferem, primordialmente, liberdade.

Desse modo, continuamos nesse costume que muito nos prejudica, inclusive, no que toca ao nosso próprio ser (chegando onde queríamos chegar), porque em virtude do que nós vivemos, de acordo com a situação que nós estamos, e segundo o estado em que se situa a nossa vida, tachamos aquilo que está acontecendo daquilo que somos e esquecemos-nos de toda uma realidade interior, de toda uma missão pessoal conferida por Deus a cada um de nós. Esquecemos que não somos nem o que os outros pensam de nós mesmos, nem até mesmo o que nós pensamos, mas que devemos buscar o que Deus pensa e acredita de nós, que é o que realmente nós somos, já que por Ele é que fomos criados. Ele é que nos conhece.

Deveríamos ser como os comunistas, que teimosos em desacreditar do testemunho da história de que ele não dá certo, continuam na busca por este ideal de construção exterior de um mundo sem desigualdades que deve, ao contrário, ser construído interiormente, não pela ideologia, mas pela verdade do Amor. Devemos ser como eles a fim de alcançar a verdade do nosso coração, a verdade de Deus em nós, como nós poderemos melhor amar e contribuir para a construção de um mundo melhor que é feito por cada um de nós. Devemos ser espertos, inteligentes, sábios e conscientes filhos da luz.

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