Explicando o amor esponsal

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perolas-34 Para se chegar ao casamento, faz-se necessário passar pela amizade e depois pelo namoro. Não feito isso, são etapas que se pulam, pois um passa a existir no esgotamento da função do outro. Ou seja, se não se consegue mais ser só um amigo, se isso não basta, entra-se no namoro. Quando o namoro não comporta mais e há aquele sério desejo de construção de família, chegou o tempo do casamento. Não há assim, união maior entre duas pessoas, em todos os sentidos: carnal, material, espiritual e afetivo.

Assim, quando é chegado o casamento, os amores, em vez de serem alternativos, se cumulam. O amor de amigo é somado ao amor de namorado, e esses amores somados devem estar no casamento. Os esposos devem ser, pois, amigos, enamorados e casados um no outro. Quando se namora, não se deve deixar de ser amigo, nem quando se casa, se deve deixar de ser namorado, de perder todo o romantismo do agrado recíproco, do beijo e do abraço. Nem, muito menos, da conversa, compreensão e do ombro amigo na resolução dos problemas da vida. Nesse sentido gratuito do amor que é a amizade, de darem-se um ao outro sem cobrança.

Portanto, o casamento é fruto de uma conquista. De uma amizade que deu certo e desenvolveu-se num namoro, e o casamento, do mesmo modo, é um namoro que deu certo e deu vida a um casamento. Se for assim, cada etapa vivida sem tropeços, vivendo cada marcha no seu limite. Como o sistema de aceleramento de um carro, cada coisa tem que ser vivida no tempo certo e dentro do seu limite.

Por outro lado, como isso deve ser vivido na liberdade, não se deve estragar uma amizade por recusa de namoro, nem por falta de um encantamento recíproco, já que o namoro é o sucesso da amizade. Muito menos uma amizade se acabar juntamente com o namoro, isso não se justifica, já que deveria ter dado certo, já, a amizade. Claro que existem decepções e feridas, mas na amizade existem também, e amigos perdoam-se mutuamente no amor.

No casamento, entretanto, não se admite freio nem retardo, muito menos marcha ré. Para se casar, deve-se conhecer muito bem (o suficiente) e já amar aquele com quem se quer viver e formar uma família, a fim de cumprir o compromisso firmado, que esse sim, o cumprimento, é prova de verdadeiro amor, além de sentimentos. Tudo isso, se fosse resultado de uma amizade e um namoro de sucesso, facilitaria muito a vida no casamento, que sem esses dois, deve ser difícil demais. Viver como dois estranhos, sem sentimento algum, deve ser coisa muito triste, mas, infelizmente, consequente de um erro, ou mais de um.

Não vivi um casamento, nem nenhum namoro meu teve sucesso que perdurasse até hoje, mas, tenho tudo isso como meta a se cumprir, como um sonho a se realizar. Quero ser, da esposa que Deus, se o quiser, me conceder, amigo, namorado e marido. Quero amá-la assim, triplamente, como todo amor que Deus pode por ela me dar, por ter sido fruto de Sua bondade em minha vida. E ela há de ser, com o fruto do meu amor, para a minha realidade, com toda a verdade de sua hipérbole, a mulher mais linda e santa do mundo.

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