Explicando o amor de amor

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A-true-love-story-never-ends Amor de amor é assim, porque não é amor de paixão, não é confusão. É rocha, não areia do mar que se move com o bater das ondas, efêmero como si só. Não, é amor de amor.

Esse amor é como um barquinho que é lançado no mar, que tem tudo para ir e jamais voltar, mas, não se sabe como, volta ao mesmo posto. Não se importa com correnteza, nem com ondas, nem com o vento. Nem, ao menos, na tempestade, afunda. Sobrenaturalmente se inunda em si mesmo e sobrevive além das circunstâncias, além da distância e do tempo.

Ele é filhote que briga. Filhote? Será que filhote briga? Ele nem sabe direito o que faz, e a mordida se confunde com brincadeira. Mágoa entre eles não acontece, e o que era para causar mágoa e desgosto, a contragosto, se dissipa, efervesce e dá mais cor e sabor. O sabor do amor provado e comprovado.

Ele é um beijo sem laço, ou laço sem beijo, porque não precisa nem de abraço. Ele existe por si só e subsiste inteiramente. Ele é atado, fixo, permanente. Nó cego de nascença, sem cura, sem resolução, sem recurso. Mas um processo em curso, em latente evolução. Crescimento-construção.

Ele é perfeito, além dos perfeitos. Ele é amor, e o amor é o único sinal resquício de perfeição que o ser humano possui, é só o algo que ele tem de perfeito. O próprio Deus-Amor que vive e morre dentro dele. Essência perfeita, e quando esse perfeito se encontra com outro perfeito, entra na eternidade e não sofre os efeitos da morte.

Ele é um trenó que anda sobre o gelo e não congela. Trenó de fogo que o derrete, ao contrário do que se espera. Ele é vivido, não só dito, e se dito, é só para se ver, porque ele mesmo se deixa notar. É sentido e esse sentir que não se contém, e quando não se age a confirmar, se diz, porque nada mais pode se fazer.

O amor, como perene, não perde o gosto. Chega o calor e ele derrete, vira fondue gostoso, e se sólido, outro sabor acontece, mas, do mesmo modo, é saboroso. É perene, saboroso e livre, diferente da paixão. Já passou por todo tipo de comprovação e não se há como fugir, mas se render e dar graças a Deus, porque se é esse amor de amor, o Amor em pessoa é Deus, e só dele pode ter vindo, então, foi Nele que nasceu.

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