Vômito juvenil

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Existe uma confusão na minha cabeça com relação a algumas coisas que vive a juventude. Existe não, é mentira. Eu sei muito bem do que falar, mas faço o questionamento unicamente para provocar o raciocínio. E aviso que esse texto vai ser coloquial mesmo.

Pra ser jovem é necessário ter merda na cabeça? Me diga aí! Por que ser jovem significa fazer besteira, ser irresponsável, viver realidades passageiras e sem valor? Qual é a consequência de ficar, por exemplo? O ficar por ficar é um uso mútuo, um paga o outro pelo prazer que recebe com o prazer que dá, é uma coisificação recíproca. Os tipos de “fica” eu não vou ficar falando aqui, não! Não interessa! O que importa é a finalidade com que tudo é feito.

A bebida é outra coisa. Existe algo de muito interessante no álcool que é o favorecer à diversão, à descontração. Mas, o que se vê não é nada de moderação. Muitos tem o álcool como fonte de felicidade. Disso vai havendo uma regressão de valores imensa que resulta na “filosofia” dos festeiros por aí. O negócio é farrar, beber e raparigar. Os próprios epicuristas achariam disso tudo um absurdo, pelo menos os gregos e romanos pensavam... Mas, não! O que se vê é um bando de cabeças vazias!

Se não fosse bastante, vão se transformando em pratos de comida. As meninas com saias minúsculas, que só inocência demais de quem usa para não saber que aquilo desperta tudo que é instinto masculino. E os homens, os babacas mor, desfavorecem o que tem de melhor (a inteligência), que os fazem ser homens, aliás, diferente dos animais que não pensam, e têm de ser musculosos. Quando esses panacas não estão sem camisa, estão com aquelas coladinhas, que, pelo menos, mostre a marcação dos músculos. O que eles querem mesmo é o prato de comida, e se tornam esse objeto de desejo para possuírem aquelas que os desejam.

A situação vai piorando. É que todos esses babaquinhas não gostam muito de estudar, muito menos de pensar. Mais cedo ou mais tarde, quando precisarem de dinheiro, vão partir para a desonestidade. Ou não, vão ganhar dinheiro explorando aquilo que viviam: festa e bebida. Aí fica um ciclo tremendo de idiotas.

Disso vêm meus questionamentos. Se fazem isso tudo em nome da juventude, até porque mais tarde vão parar, porque se tornaram adultos, o que é ser jovem? Existe verdadeiro prazer na imbecilidade? Existe sentido numa vida ridícula e inútil, quando nada se faz com uma verdadeira finalidade, mas com o único intuito de obter a sensação? Existe valor na irresponsabilidade?

É tanta imbecilidade, que essas criaturas não pensam ao menos que não sabem o momento da morte, e quando se depararem com ela, naquela final reflexão, vão pensar: “Muito farrei, muito bebi, muita mulher peguei, nada de verdade vivi. Só de uma coisa eu sei, que muito tempo perdi… que me lasquei!”

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